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segunda-feira, maio 16, 2005

Caso Marcucci: uma trajetória conturbada

Marco Aurélio Marcucci chegou à Joinville em 1999 e de lá pra cá, pode-se dizer, foi do céu ao inferno. Isso porque, ao chegar, foi edificando uma fama de delegado competente, adquirindo assim, a simpatia dos populares, que através de programas como o ?Tribuna do Povo?, do deputado Nilson Gonçalves, podiam ver as ações realizadas pela próspera polícia joinvilense.
Mas essa boa imagem começou a ser deteriorada por volta de 2002, quando investigações detectaram irregularidades na polícia joinvilense, fazendo recair acusações sobre o delegado, entre elas: crime de peculato (apropriar-se de dinheiro ou bem móvel em razão de cargo), formação de quadrilha com outros policiais e coação no curso do processo, tudo isso incluído em um trâmite de cerca de 800 páginas.
Todos esses fatos culminaram com o julgamento e a prisão neste ano a poucos meses, do delegado e agora também vereador Marcucci. Diante deste fato, que não é inédito em Joinville ? o vereador Norberto Simm (1967-1970) foi preso durante o mandato por manter relações extra-conjugais com uma professora ? o presidente da câmara, Darci de Matos, decidiu não pedir a cassação do mandato do vereador, deixando o processo correr sem intervenção por parte da Câmara de Vereadores.
Depois de depoimentos e confusões, Marcucci encontra-se novamente em liberdade, com autorização para participar de todas as sessões da Câmara, exercendo seu mandato naturalmente. Além disso, recebe diversas visitas solidárias, entre elas o vice-prefeito Rodrigo Bornholdt (PMDB), o presidente do PSDB em Joinville, Carlos Caetano e vereadores.
Ao longo dessa longa trajetória podemos analisar como a mídia vem desempenhando seu papel diante de tão delicado assunto. Trata-se de acusações muito graves, um problema com dimensões de escândalo, uma verdadeira notícia bombástica porém, que não foi divulgada dessa maneira. Desde o início a imprensa, tanto joinvilense quanto catarinense, mostra matérias e reportagens pequenas, demonstrando uma imparcialidade um tanto estranha para casos como estes. Parecem querer diminuir e abafar as proporções do escândalo, tanto é que ainda hoje, existem pessoas que desconhecem o assunto.
É de se admirar que um assunto que facilmente poderia ser espetacularizado e infinitamente midiatizado tenha mantido proporções tão pequenas desde o início do processo. É óbvio que ninguém quer má fama para a cidade, nem dizer quem está certo ou errado aqui. Apenas queremos levantar discussões e dúvidas em torno de um fato que ainda esconde muitos mistérios e interesses alheios.

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